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Uma lista de sites de surf internacionais que vale a pena visitar

 A internet, já se sabe, é infinita. Em tamanho, em quantidade, em controlo, em espionagem, em vício. Horas, dias, meses e anos são perdidos por milhões de seres-humanos que passam os dias colados aos seus ecrãs à procura da sua dose diária de estímulos, notícias, compras e todo o género de informação e desinformação. O surf não escapa à regra. Diariamente saltitamos de site em site, entre previsões do mar, câmaras online, vídeos estrondosos, fotos espetaculares e tudo o que se possa imaginar. Abaixo fica uma lista de sites de surf internacionais que consideramos valer a pena visitar com alguma frequência. E explicamos o porquê.

 

Beachgrit.com

Há três coisas que fazem falta ao jornalismo de surf: honestidade, humor e boa escrita. Uma rara exceção é o site, Beachgrit, criado pelo veterano editor australiano, Derek Rielly, e por Charlie “Chas” Smith, americano da Califórnia, ex-repórter de guerra da Vice e autor de dois livros que compõem os mais corrosivos retratos dos bastidores o surf que alguma vez irás ler: Welcome to Paradise, Now Go To Hell (2013) e Cocaine and Surfing (2018).

O Beachgrit é sensacionalista, provocador e irreverente. É o último bastião do surf como espaço de transgressão. Tem na WSL, simultaneamente, o seu tema e alvo preferido. As crónicas de Steve “Longtom” Shearer sobre as etapas do World Tour não encontram paralelo em toda a imprensa de surf. Smith e Rielly assumem o deboche total. A sua crença é a de que nenhum rumor é desprezível, tudo pode ser noticiado. Trocas de comentários entre surfistas famosos (os feeds de Kelly Slater são especialmente esmiuçados) em redes sociais são elevados à categoria de acontecimentos internacionais. Assuntos que nunca serão alvo de qualquer desenvolvimento ou investigação são arrematados com a frase “more as the story develops”.

Nada é sagrado, nada é poupado, nada é levado demasiado a sério. Nem tudo o que aqui aparece é verdade, mas tudo é tratado com igual cinismo. Num mundo de falsidades militantes, o descaramento é a única honestidade possível.

 

Stabmag.com

O site da STAB transportou para o mundo digital a criatividade, inovação e ousadia que a versão impressa da marca exibiu desde os seus primeiros tempos. Outra criação de Derek Rielly, a STAB inovou a vários níveis: no jornalismo disposto a mexer em assuntos controversos que ninguém na indústria queria abordar; na sensualização da nova geração do surf feminino, através de ensaios de erotismo soft com as melhores surfistas do mundo; na fotografia de ângulos e cenários inusitados. Esse tipo de abordagem, sempre virada para a contemporaneidade e o futuro, permanece no site e vai ainda mais além, através de conceitos editoriais e de eventos absolutamente fora da caixa, como o STAB in the Dark, o Electric Acid Surfboard Test, o Stab High e o Surf100, além de produções cinematográficas exclusivas, como a recente série Andy Irons and the Radicals. A esteira flutuante também foi invenção deles, as sessões de surf noturno com sinalizadores nas pranchas. Se é diferente e moderno, está na STAB.

A questão com a STAB é que eles sabem que o seu conteúdo original é tão bom que resolveram experimentar uma coisa que (mais uma vez) até hoje nenhum outro site de surf ousou fazer: acesso pago. Por 9,99 dólares/mês ou $72/ano, o visitante pode aceder a todas as produções exclusivas da STAB. Veremos se existe esperança para conteúdo de qualidade pago no surf. Nós aqui dizemos que vale cada cêntimo.

 

thesurfnetwork.com

Se és daqueles para quem o surf em terra não é para ser lido mas sim para ser visto, este é o teu site. O TheSurfNetwork é o maior e mais completo arquivo digital de filmes e vídeos em todo o espaço online. Pela módica quantia de 5,99 dólares (4,89 euros) mensais ou $59,99 (€49), tens acesso a uma infinidade de filmes que se estende desde os clássicos do século passado às mais recentes produções. São mais de 1000 filmes, vídeos e episódios de TV, abrangendo todos os aspetos do estilo de vida do surf, incluindo longboard, documentários, ondas grandes, arte e cultura, competições… o que se queira. Tudo organizado por estilos, géneros e temas, tudo preparado para streaming ou download e compatível com todos os dispositivos, da tua smart tv ao teu telemóvel. E sim, claro que também existe uma app para mobile.

 

swellnet.com.au

O Swellnet, é um dos dois principais sites de câmaras de praias e surf forecast da Austrália, mas diferencia-se pelo seu conteúdo. O responsável do Swellnet é Stu Nettle, um excelente surfista com um vasto leque de interesses e uma rara qualidade de escrita. De modo geral a abordagem é séria e jornalística, embora a coluna Ding Alley faça uma bem-humorada cobertura do surf profissional, a acompanhar análises certeiras e fundamentadas. Os temas abordados são variados e originais, sem abrir mão da partilha dos vídeos e notícias do momento. Uma área a destacar é a SurfPolitik, eu aglomera ótimos artigos sobre vários temas, incluindo alguns relacionados com Portugal e assinados por um jornalista português. Outra coisa que vale muito a pena aqui é acompanhar as caixas de comentários dos artigos ou mesmo o fórum do site. Um verdadeiro quem é quem do surf australiano ou não só. É normal apanhar nomes consagrados como Nick Carroll, Steve Shearer, Tim Baker e outros a esgrimir argumentos, num dos raros casos em que as caixas de comentários não se parecem com o esgoto da humanidade.

 

theinertia.com

Se acreditas ser um surfista responsável, defensor do verdadeiro espírito do surf (seja lá o que isso for), respeitador das diferenças, das minorias, da natureza, da partilha comunitária e ativista da boa convivência entre todos os seres, o The Inertia é o teu site. É a voz woke do surf, criada e alimentada pelo norte-americano Zach Weisberg, e ostenta um vastíssimo e prestigioso leque de contribuidores intermitentes, que inclui Kelly Slater, Gerry Lopez, Shaun Tomson, Matt Warshaw ou Rob Machado, embora as suas contribuições sejam esparsas. A vantagem do The Inertia é que produz muito conteúdo original, sejam os artigos assinados, sejam os vídeos as galerias de fotos. Raramente se verá aqui a reprodução chapa-quatro de um press-release, e embora também sejam partilhados vídeos de produções exteriores, há muitas produções próprias, normalmente com excelente nível de qualidade.

 

Worldsurfleague.com

Depois de algum (demasiado!) tempo a limitar-se a partilhar conteúdos em segunda mão, aos quais se juntavam poucas produções próprias, e de parco interesse, desde o fim do ano passado o site da empresa que comanda o surf profissional parece finalmente se ter tornado num espaço a visitar com regularidade e propósitos além do acompanhamento dos seus campeonatos.

A parte escrita é ainda muito sensaborona, e demasiado escondida atrás daquilo que se convencionou chamar de “muralha de ruído positivo”, onde as análises críticas e as vozes dissonantes não têm lugar. Mas na área dos conteúdos vídeos, há muita coisa que vale a pena acompanhar, com a série Getting Heated à cabeça. Aqui, Mick Fanning e Ross Williams discutem o World Tour com opinião, conhecimento de causa e, acima de tudo, independência crítica. Também as entrevistas da série The Line-up, conduzidas por Dave Prodham, parecem mostrar que o assessor de imprensa herdado dos tempos da ASP, afinal estava no posto errado, sendo muito melhor a conversar do que a comunicar. Os especiais criados para os campeonatos, no The WSL Vault, também tem coisas muito boas, como os imperdíveis short vídeos produzidos para os 50 anos do Pipe Masters. Os bastidores da vida de surfistas em competição, Sound Waves, é outra coisa que a vale a pena checar de vez em quando.

Ainda está longe de ser o autoproclamado “lar global do surf”, mas já é uma casa onde apetece ir muito mais frequentemente.

 

Surfline.com

Um dos líderes entre os sites dedicados à informação do estado das ondas (câmaras de praia e forecast) e que desde o início assumiu também a produção de conteúdos como parte importante da sua oferta. Infelizmente, esta última vertente tem vindo progressivamente a perder a força original. Longe vão os tempos áureos dos Power Rankings, assinados por Lewis Samuels, um dos melhores conteúdos relacionados com o surf profissional já criados na era digital. Por incomodar muita gente, acabaram por cair. Também as reportagens diárias das provas da WSL já não acontecem, o que não deixa de ser estranho, dado o caráter de parceria que une as duas marcas. Ainda assim, é possível encontrar bons artigos, como os assinados por Nick Carroll ou Sean Doherty. Há muito que já não se veem as obrigatórias Round Tables, mas há excelentes vídeos de produção própria, como as séries Shaper’s Bay, Stokelore, Outfront e Surf Forever, e alguns artigos exclusivos que, a exemplo da STAB, estão sujeitos a assinaturas pagas. O que faz sentido: quem quer qualidade, que pague por ela. Detalhe, o Surfline tem câmaras em todo o mundo, inclusivamente em Portugal.

 

Surfertoday.com

Talvez o site mais fora da caixa desta lista, apesar do nome (ou por causa dele) o Surfer Today dedica-se a muito mais atividades de deslize que os outros nesta lista. Bodyboard, skate, kite, windsurf e até skimboard fazem parte da oferta deste site que prima pela originalidade dos seus conteúdos — aqui é raro encontrar press-releases ou copy/paste de notícias virais — e pela simplicidade direta mas muito informativa dos seus textos. O ambiente é uma das preocupações sinceras do ST e o site apresenta ótimos conteúdos sobre o tema. Listas de filmes, livros, jogos online, guias de treinos, tabelas de medidas de pranchas para os desportos abordados no site, também fazem parte do menu. Também se encontram interessantes mapas, como um dedicado aos ataques de tubarões pelo mundo e outro às ondas artificiais, ondas de rio e ondas estáticas.

O que é mais curioso é que o Surfer Today é um site criado e desenvolvido por um português que prefere manter o seu anonimato. Pode ser estranho mas está plenamente de acordo com um site onde a qualidade das informações vale mais do que os seus autores. Qualidade que o põe no topo da lista dos sites de surf mais visitados do mundo.

 

Autor: Bala12

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