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Dengaz e a Angels Surf School – Uma Relação “Para Sempre”

Aos 15 anos frequentava as aulas de surf na Angels Surf School mas à paixão pelo surf associava-se já uma implacável necessidade de expressão que encontrou na música, e no RAP em particular, o seu veículo referencial. No final de 2015 lançou o álbum “Para Sempre”, que entrou directamente para o TOP 10 de vendas em Portugal. Para sempre são também as memórias que guarda da Angels, que recorda nesta entrevista, as amizades que faz questão de alimentar. O surf, a música, o passado que também é presente e o futuro que é destino… by Dengaz, himself, à Angels Surf School.

 

Na Angels Surf School conhecemos-te por Denga, de onde vem o Dengaz?

Denga vem de uma alcunha que uns amigos me puseram, que é uma abreviatura de “candengue” (o mais novo). Daí para o “Dengaz” foi por uma questão de calão – costumávamos transformar o nome das pessoas e das coisas com Z’s 🙂 para distinguir o nome “musical” do outro.

Quantos anos tinhas quando frequentaste a Angels Surf School?

Penso que tinha uns 15.

Como é que aconteceu vires parar à Angels?

Eu sempre quis fazer Surf, era uma coisa que me fascinava e apesar de na altura ainda ser muito novo lamentava não ter aprendido quando ainda era criança. Por volta dessa idade eu e a minha namorada quisemos ir ter aulas, ela pesquisou escolas em Carcavelos e levou-me à Angels.

Em que actividades participaste?

Frequentei as aulas e mais tarde cheguei mesmo a trabalhar na escola!

Que memórias guardas desse tempo?

Foram tempos brutais! Tenho saudades dessa altura, do pessoal que se juntava na escola e na praia, das parvoíces e das conversas filosóficas 🙂 Às vezes ainda falamos sobre isso!

Tens alguma recordação “especial”?

Uma em especial acho que não, tenho muitas. Foi sem dúvida um momento importante da minha vida!

 

Quando fico muito tempo sem surfar começo a sonhar com isso!

 

O teu interesse pela música já existia nessa época ou chegou mais tarde?

Já existia. Nessa altura já fazia parte duma banda de reggae e estava a começar a preparar o meu projecto a solo, que foi o que sempre quis fazer. O projecto que o pessoal conhece hoje em dia!

O que é que ouvias nos auscultadores?

Nessa altura ouvia a banda que sempre ouvi, que me fez querer cantar e que ouço até hoje, que são os Bone Thugs-n-Harmony.

Como é que defines a tua música?

Simplesmente, é a música que gosto de fazer e que gosto de ouvir. Por isso é uma coisa que até pode mudar ao longo dos anos! Mas a minha forma de expressão na música é o rap!

Como é que foi recebido o teu último álbum “Para Sempre”?

Muito bem!! Mas ainda antes disso o importante é que o álbum ficou exactamente como eu e o Twins (produtor) queríamos e idealizámos, o que foi meio caminho andado para o sucesso. A reação do público foi óptima, penso que conseguimos ir ao encontro das expectativas que as pessoas tinham para um álbum meu e a prova da satisfação com que o receberam é o facto de ele ter entrado directamente para o Top 10 de vendas em Portugal, o que é óptimo!

Tens algum outro projecto na calha para breve ou algum sonho antigo por concretizar?

Tenho alguns projectos e ideias para o futuro, a médio e longo prazo, mas sobre os quais prefiro não falar já 😉

O Kendrick Lamar liderou muitas das listas de melhor álbum do ano de 2015. Achas que em Portugal isso é algo verosímil de vir a acontecer em breve ou continua a haver algum preconceito associado ao rap?

Acho que isso está cada vez mais próximo de acontecer. Esta geração já consome o rap como um estilo mainstream. Mas, obviamente, depende de quem atribui esses prémios e faz essas listas. No entanto, o  mais importante é fazer o que sentimos, o reconhecimento vem naturalmente.

Quais os artistas que mais admiras por cá?

Acho que o Sam The Kid, Boss AC, Black Company, Valete e Chullage, por exemplo, são nomes importantíssimos que abriram as portas que nos permitem estar agora a fazer o que fazemos e que nos mostraram a cultura e o caminho, coisa que nós estamos a fazer agora em relação à próxima geração!

 

 É normal que uma geração que nunca comprou música na vida, muito menos fisicamente, não tenha qualquer ligação sentimental com um CD ou disco!

 

 

Dengaz-entrevista_angels-surf-school

 

Qual a tua opinião acerca do panorama actual da música portuguesa e do rap e hip hop em particular?

Penso que há abertura e exposição em relação ao hip hop music, principalmente ao rap, como nunca houve. Em relação à música acho que está igual ao que sempre esteve e vai estar… coisas boas, coisas vazias, música com alma, música sem alma, preconceito, sensatez… há de tudo! E ainda bem 🙂

Como é que é o teu processo de escrita das canções?

Inspiro-me na minha vida, na minha família, nos meus amigos, naquilo que ouço e vejo, no que sinto em relação às pessoas… basicamente, nas minhas histórias e nas histórias dos que estão ao pé de mim! Penso nos temas, aponto frases chave que quero dizer, aponto rimas, ideias, tudo! Depois junto-me com o produtor para fazer a parte instrumental e quando está tudo exactamente como eu “vi” na minha cabeça it’s done! 😉

Como é que vês o processo de “desmaterialização” da música e os downloads ilegais?

Acho que é inevitável. Eu continuo a gostar de ter CD’s e do feeling que eles me proporcionam, mas na verdade é normal que uma geração que nunca comprou música na vida, muito menos fisicamente, não tenha qualquer ligação sentimental com um CD ou disco! A parte má, na minha opinião, é a “rapidez” com que se consome música hoje em dia, que muitas vezes pressiona os artistas ao ponto da música nem sempre sair com a qualidade que só o tempo faz surgir! Quality over quantity.

Como é que os artistas devem reagir a esta realidade?

Devem adaptar-se, mas seguir o que acreditam e sentem que faz sentido para eles. Os artistas não são todos iguais! No meu caso, dou muito valor à vertente Live da minha música!

Achas que os miúdos de hoje são diferentes do que tu eras quando frequentavas a Angels Surf School? Porquê?

Em relação a mim não sei se há muita diferença, mas acho que querem tudo mais rápido, mais fácil e as relações sociais, a todos os níveis, são diferentes. Muito por causa da Internet (que também tem muita coisa boa, obviamente).

 

Sempre que vou surfar ou vou a Carcavelos passo pela Angels… mas confesso que com muito frio ou mar grande já não vou ahah!

 

Continuas a praticar surf? Outros desportos? 

Sim, menos do que gostava mas sempre que posso e tenho tempo volto! Confesso que com muito frio e mar grande já não vou surfar ahah! Mas também jogo futebol regularmente e frequento o ginásio, até porque manter uma actividade física regular ajuda-me muito nos concertos.

O que é que o surf tem de especial?

Tem uma capacidade única de me relaxar e fazer sentir bem! Quando fico muito tempo sem surfar começo a sonhar com isso!

Hoje já és pai, colocavas os teus filhos na Angels Surf School? 

Não! Porque está lá o Marcos! Eheh Estou a brincar! Claro que colocava… sei que vocês têm uma grande preocupação com a segurança e o bem-estar dos miúdos e isso é essencial! Na minha opinião os instrutores são muito importantes e é bom que os pais os conheçam! Eu dei aulas a crianças e adorava!

Manténs alguma ligação com a escola?

Sim, sempre que vou surfar ou vou a Carcavelos vou lá para a Angels!

O que achas que frequentar uma escola de surf pode dar aos miúdos?

Para além dos benefícios todos de fazer Surf acho que lhes dá uma experiência de relacionamento com os outros que é muito importante, até por ser uma actividade que suaviza a ideia de escola, tira-lhe a carga negativa que por vezes tem. Essencialmente, dá-lhes confiança e passam a fazer um desporto que os vai ajudar muito física e emocionalmente!

Quando é que vens dar um concerto à Angels? 

Acho mais fácil a Angels ir a um concerto meu. 🙂 Mas com as condições necessárias fazia-se uma grande festa ali na praia em frente à Angels…

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